sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Obrigada...

No final desta experiência não posso deixar de expressar o meu sincero agradecimento às pessoas que, directa ou indirectamente, contribuíram para a concretização deste estágio curricular.
Neste sentido, as minhas palavras de estima e gratidão são para:
v  a minha tutora, Helena Daniel, pela sua dedicação, total disponibilidade e simpatia com que sempre me recebeu, pelas suas sugestões sempre pertinentes, pelos seus conhecimentos e pelo seu absoluto apoio durante estes 3 meses;
v  a todos os colegas da empresa Ambiformed, em particular, o Eng. Nuno Santos, a Ana Val, a Liliana, o Gustavo, a Tânia Arede, a Sónia e a Joana.
v  a minha família, especialmente o meu pai, a minha mãe, o meu irmão e os meus amigos, em particular, a Rita Ferraz e a Anita, pelo apoio e conforto nos momentos em que me sentia mais só.
v  à gerência da Ambiformed, em nome da Dr.Teresa Dias, por me ter dado a oportunidade de efectuar o meu estágio na empresa.
v  ao meu professor Rogério Nunes.

Para que possam partilhar comigo aquilo que, foi em tudo, uma experiência inesquecível, deixo-vos com aquilo que são as minhas melhores memórias.
Apenas também, como forma de registar o quanto foi bom ter passado esta experiência tão enriquecedora para a minha formação profissional e pessoal, e por todo o carinho que me foi concebido.
Obrigada...

Auditoria de segurança, higiene e saúde no trabalho

Uma das visitas efectuadas é a auditoria de segurança, higiene e saúde no trabalho.

Nesta visita é importante ter em mente que a higiene e a segurança são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos trabalhadores de uma empresa, organizadas no sentido de manter o trabalhador "num estado de bem-estar físico, mental e social”.
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
A segurança do trabalho propõe-se combater, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Durante a visita fiz um levantamento das várias inconformidades encontradas, como por exemplo extintores com uma altura superior á que esta legalmente estabelecida, saídas de emergência mal sinalizadas, quadros eléctricos não sinalizados, caixa de primeiros socorros não fixadas e em numero insuficiente.
Após este levantamento, colocamos todos estes dados no relatório, apresenta-se as medidas correctivas a implementar.
Na minha opinião este tipo de auditoria é importante, no sentido que as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com a diminuição da sinistralidade.

Avaliação de Riscos

Na minha última semana fiz uma auditoria de acompanhamento num município e uma avaliação de riscos numa queijaria.
Achei muito importante a visita de avaliação de risco na queijaria, fez-me ter em atenção todos os factores de risco a que todos os trabalhadores daquela queijaria estão sujeitos.
A avaliação de risco esta de acordo com a lei nº 102/2009 de 10 de Setembro que abrange os princípios gerias de prevenção de riscos profissionais.
O estabelecimento dos princípios gerais de prevenção estatui uma matriz metodológica, organizada segundo uma ordem de precedência hierárquica que define a regra obrigatória das opções preventivas e dos respectivos processos de decisão a concretizar. Pode dizer-se que a rigorosa observância dessa matriz permite delimitar o processo de se obter o resultado a que o empregador está obrigado: “assegurar a segurança e saúde dos trabalhadores em todos os aspectos relacionados com o trabalho”.
O objectivo principal desta visita é a identificação dos perigos, a avaliação dos riscos e estabelecer medidas preventivas de controlo eficaz dos riscos decorrentes da actividade da queijaria.
A Avaliação de Riscos é um exame sistemático de todos os aspectos do trabalho, com o objectivo de colocar o empregador em posição de tomar eficazmente as medidas necessárias para proteger a segurança e saúde dos trabalhadores. Assume, assim, um papel fundamental, na medida que será a partir deste processo que se determinam as abordagens preventivas, tendo em conta:
-O grau de exposição e o número de trabalhadores expostos aos riscos;
-As prioridades de intervenção;
-As necessidades de formação e informação;
-As medidas técnicas e organizativas;
-O controlo periódico das condições de trabalho;
-As necessidades de vigilância da saúde dos trabalhadores.
Nesta visita foi também realizado um levantamento das condições gerais de Higiene e Segurança das instalações, equipamentos e processos de trabalho, com o objectivo de fornecer informações que poderão ser utilizadas, face ao normativo legal em vigor, para avaliar o seu nível de conformidade e promover, quando aplicável, as necessárias acções correctivas, assim como a aplicação das regras impostas pela legislação, nas situações que aparentarem, potenciais riscos de acidente ou sinistro.
A avaliação de riscos envolve:
-Identificação dos perigos;
-Determinação de quem poderá ser atingido;
-Decidir o grau de probabilidade de ocorrência de acidente;
-Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos;
-Estabelecer prioridades para as medidas a tomas, com base na dimensão dos riscos avaliados;
-Pôr em prática as medidas de controlo;
-Verificar se as medidas de controlo funcionam;
-Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informação sobre os resultados da avaliação de riscos.
No local, faz-se o levantamento dos postos de trabalho, as actividades associadas a esse posto, e os produtos e utensílios utilizados por posto de trabalho. De forma a colocar todos estes dados no relatório.
Depois de identificados os perigos e valorados os riscos é necessário determinar soluções, isto é, enunciar as medidas de prevenção e correcção para evitar ou controlar os riscos avaliados. Na qual designamos de Plano de Controlo de Riscos, onde são enumeradas as medidas preventivas, com vista à redução dos riscos e recomendados os prazos para a sua implementação.
A planificação, organização e o desenvolvimento das medidas preventivas, além de assentar na avaliação dos riscos, é estruturada por uma matriz de referência, onde se evidenciam os princípios gerais de prevenção:
-Evitar os riscos;
-Avaliar os riscos, que não podem ser evitados;
-Combater os riscos na origem;
-Adaptar o trabalho ao homem, agindo sobre a concepção, a organização e os métodos de trabalho e de produção;
-Ter em conta o estádio de evolução da técnica;
-Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
-Planificar a prevenção com um sistema coerente (Produção, organização do trabalho e relações sociais);
-Dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual, recorrendo as estas unicamente no caso de a situação impossibilitar outras alternativas;
-Dar instruções adequadas aos trabalhadores – Formar e Informar.
Assim, podemos concluir que a avaliação de riscos profissionais compreende um processo dinâmico dirigido a estimar o risco para a saúde e a segurança dos trabalhadores no trabalho, decorrente das circunstâncias em que o perigo pode ocorrer no local de trabalho.

Acústica de Edificios

Um dos trabalhos em que particpei foi a avaliação de acústica de edifícios.
Antes de efectuar as visitas estudei o Decreto-Lei nº96/2008 de 9 de Junho, que aprova o Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE) que regula a vertente do conforto acústico no âmbito do regime da edificação, contribuindo para a melhoria da qualidade do ambiente acústico e para o bem estar e saúde das populações, em articulação com o regime jurídico relativo ao ruído ambiente. E o Decreto-Lei nº 9/2007, que aprova o Regulamento Geral do Ruído e revoga o regime legal da poluição sonora, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro.
Como critério de avaliação, é utilizado o referido no Decreto-Lei 96/2008, o qual estabelece os limites do índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea padronizado e do índice de isolamento sonoro a sons de percussão padronizado entre compartimentos.
De acordo com o nº 1 do art. 5º, Capítulo II – Requisitos acústicos dos edifícios, do Decreto-Lei 96/2008, de 09 de Junho:
“Os edifícios e as suas fracções que se destinem a usos habitacionais ou que, para além daquele uso, se destinem também a comércio, indústria, serviços ou diversão, estão sujeitos ao cumprimento dos seguintes requisitos:
a)     O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, D2m,nT,w, entre o exterior do edifício e quartos ou zonas de estar dos fogos deve satisfazer o seguinte:
i)                   D2m,nT,w  ³ 33 dB, em zonas mistas ou em zonas sensíveis reguladas pelas alíneas c), d) e e) do n.º 1 do artigo 11.º do Regulamento Geral de Ruído;”
ii)                 D2m,nT,w  ³ 28 dB, em zonas sensíveis reguladas pela alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do Regulamento Geral do Ruído;
iii)               Os valores limite dos índices referidos nas subalíneas i) e ii) são acrescidos de 3 dB, quando se verifique o disposto no n.º 7 do artigo 12.º do Regulamento Geral de Ruído”
Durante a visita os equipamentos utilizados durante a medição são os seguintes:


O sonómetro marca CESVA, modelo SC310 é um instrumento de medição acústica de grande potência e de fácil manuseamento. Pode funcionar como sonómetro integrador tipo 1, segundo as normas internacionais IEC 61672 e EN 61672, também com as normas IEC 60651, IEC 60804 e correspondentes
normas comunitárias EN 60651 e EN 60804.


O altifalante omnidireccional modelo FP120 e amplificador modelo AP600, ambos marca CESVA foram desenhados para satisfazer as necessidades dos profissionais de acústica arquitectónica e da acústica de edificação. Com o conjunto, podem-se realizar medições de isolamento acústico, tempo de reverberação e absorção acústica segundo as normas: ISO 3382:1997. Medição do tempo de reverberação de salas ISO 354:1985.

Medição do coeficiente de absorção em câmara reverberantes ISO 140:1998. Medição do isolamento nos edifícios e dos elementos de construção.
A máquina de percussão marca CESVA e modelo MI005 é uma máquina de impactos normalizada (ISO 140) desenhada para gerar um ruído de impactos normalizado para a medição em laboratório e insitu do isolamento acústico dos solos ao ruído de impacto (percussão).

Durante a avaliação o procedimento utilizado esta de acordo com as normas NP EN ISO 140-4:2000, NP EN ISO 717-1:2009 (Ed.1), NP EN ISO 140-7:2008 e NP EN ISO 717-2:2009 e EN ISO 3382-2:2008, nomeadamente:
-         Posicionamento do microfone para avaliação dos sons de condução aérea
-         Posicionamento da fonte sonora
-         Número (mínimo) de medições em cada compartimento:
-         Posicionamento do microfone para avaliação dos sons de percussão:
-         Posicionamento da fonte sonora de percussão
É importante referir que a prevenção do ruído e o controlo da poluição sonora que visa a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações constitui tarefa fundamental do Estado, nos termos da Constituição da República Portuguesa e da Lei de Bases do Ambiente.
Imagens e descrição retirado da página da Ambiformed – www.ambiformed.pt

Iluminância nos locais de trabalho

Uma das tarefas desempenhadas foi a avaliação da iluminância por posto de trabalho. É uma tarefa simples tendo em conta que a facilidade de utilização do Luximetro.
A unidade de medição da Iluminância é o Lux.
O Luximetro é um aparelho portátil de leitura directa, do qual faz parte uma célula fotoeléctrica que, quando a luz incide sobre a mesma, ocorre a formação de uma pequena corrente eléctrica proporcional á intensidade de iluminância.
A Iluminância consiste numa medida do fluxo luminoso incidente por unidade de superfície. A sua unidade é o lux.
Identifica-se os trabalhadores que se encontram em cada posto de trabalho.
Realiza-se o relatório de iluminância, seguindo a tabela pela norma na qual consta os valores recomendados em cada posto de trabalho. valores de iluminância medidos nos diferentes postos de trabalho. A norma utilizada para recolher os valores recomendados é a ISO 8995 – Princípios de Ergonomia Visual – A iluminação dos sistemas de trabalho interiores.

Iluminação Natural e Artificial

Existem dois tipos de sistema de iluminação: natural e artificial. A iluminação ideal é aquela que é fornecida pela luz natural.
Como a maior parte dos problemas de iluminação são relativos a situações em interiores, a iluminação natural deverá ser complementada com iluminação artificial.
Os sistemas de iluminação podem classificar-se em vários grupos:
- Natural
- Artificial: geral, combinada e localizada
É de referir que as recomendações referentes aos níveis de iluminação (iluminância) apresentam algumas discrepâncias para diferentes países, mas de um modo geral, os valores recomendados variam entre 150 a 2000 lux.
Assim, quanto mais elevado forem os níveis maior será o conforto e a precisão com que se vê, o que significa trabalho mais rápido e perfeito, menos enganos e maior segurança. Todavia, um nível de iluminação demasiado elevado é muitas vezes desaconselhado. Níveis superiores a 1000 lux aumentam os riscos de reflexão, de sombras demasiado pronunciadas e de contraste excessivo.